O crime do restaurante chinês: Carnaval, futebol e justiça na São Paulo dos anos 30
São Paulo, Quarta-Feira de Cinzas de 1938. Ho-Fung e Maria Akiau, donos de um restaurante chinês, aparecem brutalmente assassinados, junto com duas outras vítimas, seus empregados. O suspeito é um jovem negro. Será este um romance policial? Ou trata-se de um livro de história do Brasil?
Em  O crime do restaurante chinês , o historiador Boris Fausto recorre aos arquivos da história e da memória pessoal para narrar e analisar um dos acontecimentos policiais que mais mobilizaram a opinião pública paulistana. Ele era um menino quando, logo depois de um animado carnaval de rua, a cidade não falava de outra coisa: um homem negro era acusado de matar o ex-patrão e mais três pessoas com terríveis golpes de pilão.
O historiador narra o processo das investigações com a maestria de um romancista. O enredo lhe serve de mote para discutir vários temas cruciais para a historiografia do período. Um deles é a relação entre migrantes, imigrantes e trabalhadores marginalizados numa São Paulo cada vez mais populosa. Outro é a aplicação judicial e policial de doutrinas racistas, que então recebiam o endosso de cientistas de prestígio, e ajudaram a incriminar Arias de Oliveira, jovem negro do interior, ex-empregado do restaurante. Fausto comenta também o declínio do carnaval de rua paulistano, e, depois, a comoção futebolística que tomou conta da cidade com a participação da seleção brasileira na Copa do Mundo de 1938. As fontes dessa reconstrução do passado são basicamente a memória do autor e os vários jornais e órgãos de imprensa que mobilizavam a opinião pública, muitas vezes com sensacionalismo.
A análise de Fausto ajuda o leitor a perceber o "fio da sensibilidade" que ligava o carnaval, os assassinatos hediondos e a Copa do Mundo. Por meio dele, seria possível até que a figura antes temida de Arias terminasse associada à do adorado Leônidas, outro brasileiro negro, goleador da seleção nacional nos campos da França.
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O crime do restaurante chinês: Carnaval, futebol e justiça na São Paulo dos anos 30
São Paulo, Quarta-Feira de Cinzas de 1938. Ho-Fung e Maria Akiau, donos de um restaurante chinês, aparecem brutalmente assassinados, junto com duas outras vítimas, seus empregados. O suspeito é um jovem negro. Será este um romance policial? Ou trata-se de um livro de história do Brasil?
Em  O crime do restaurante chinês , o historiador Boris Fausto recorre aos arquivos da história e da memória pessoal para narrar e analisar um dos acontecimentos policiais que mais mobilizaram a opinião pública paulistana. Ele era um menino quando, logo depois de um animado carnaval de rua, a cidade não falava de outra coisa: um homem negro era acusado de matar o ex-patrão e mais três pessoas com terríveis golpes de pilão.
O historiador narra o processo das investigações com a maestria de um romancista. O enredo lhe serve de mote para discutir vários temas cruciais para a historiografia do período. Um deles é a relação entre migrantes, imigrantes e trabalhadores marginalizados numa São Paulo cada vez mais populosa. Outro é a aplicação judicial e policial de doutrinas racistas, que então recebiam o endosso de cientistas de prestígio, e ajudaram a incriminar Arias de Oliveira, jovem negro do interior, ex-empregado do restaurante. Fausto comenta também o declínio do carnaval de rua paulistano, e, depois, a comoção futebolística que tomou conta da cidade com a participação da seleção brasileira na Copa do Mundo de 1938. As fontes dessa reconstrução do passado são basicamente a memória do autor e os vários jornais e órgãos de imprensa que mobilizavam a opinião pública, muitas vezes com sensacionalismo.
A análise de Fausto ajuda o leitor a perceber o "fio da sensibilidade" que ligava o carnaval, os assassinatos hediondos e a Copa do Mundo. Por meio dele, seria possível até que a figura antes temida de Arias terminasse associada à do adorado Leônidas, outro brasileiro negro, goleador da seleção nacional nos campos da França.
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O crime do restaurante chinês: Carnaval, futebol e justiça na São Paulo dos anos 30

O crime do restaurante chinês: Carnaval, futebol e justiça na São Paulo dos anos 30

by Boris Fausto
O crime do restaurante chinês: Carnaval, futebol e justiça na São Paulo dos anos 30

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São Paulo, Quarta-Feira de Cinzas de 1938. Ho-Fung e Maria Akiau, donos de um restaurante chinês, aparecem brutalmente assassinados, junto com duas outras vítimas, seus empregados. O suspeito é um jovem negro. Será este um romance policial? Ou trata-se de um livro de história do Brasil?
Em  O crime do restaurante chinês , o historiador Boris Fausto recorre aos arquivos da história e da memória pessoal para narrar e analisar um dos acontecimentos policiais que mais mobilizaram a opinião pública paulistana. Ele era um menino quando, logo depois de um animado carnaval de rua, a cidade não falava de outra coisa: um homem negro era acusado de matar o ex-patrão e mais três pessoas com terríveis golpes de pilão.
O historiador narra o processo das investigações com a maestria de um romancista. O enredo lhe serve de mote para discutir vários temas cruciais para a historiografia do período. Um deles é a relação entre migrantes, imigrantes e trabalhadores marginalizados numa São Paulo cada vez mais populosa. Outro é a aplicação judicial e policial de doutrinas racistas, que então recebiam o endosso de cientistas de prestígio, e ajudaram a incriminar Arias de Oliveira, jovem negro do interior, ex-empregado do restaurante. Fausto comenta também o declínio do carnaval de rua paulistano, e, depois, a comoção futebolística que tomou conta da cidade com a participação da seleção brasileira na Copa do Mundo de 1938. As fontes dessa reconstrução do passado são basicamente a memória do autor e os vários jornais e órgãos de imprensa que mobilizavam a opinião pública, muitas vezes com sensacionalismo.
A análise de Fausto ajuda o leitor a perceber o "fio da sensibilidade" que ligava o carnaval, os assassinatos hediondos e a Copa do Mundo. Por meio dele, seria possível até que a figura antes temida de Arias terminasse associada à do adorado Leônidas, outro brasileiro negro, goleador da seleção nacional nos campos da França.

Product Details

ISBN-13: 9788554517120
Publisher: Companhia das Letras
Publication date: 03/30/2020
Sold by: Bookwire
Format: eBook
Pages: 264
File size: 23 MB
Note: This product may take a few minutes to download.
Language: Portuguese

About the Author

Boris Fausto nasceu em São Paulo, em 1930. Foi professor titular do Departamento de Ciência Política da Universidade de São Paulo e é membro da Academia Brasileira de Ciências. É autor de estudos clássicos sobre história do Brasil.
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