As Cores do crepúsculo: A estética do envelhecer

As Cores do crepúsculo: A estética do envelhecer

by Rubem Alves
As Cores do crepúsculo: A estética do envelhecer

As Cores do crepúsculo: A estética do envelhecer

by Rubem Alves

eBook

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Overview

E foi assim que começou o meu "caso de amor" com a velhice, com o rigor de um silogismo. Primeira premissa: eu sou velho; o gesto da moça do metrô o atesta. Segunda premissa: a velhice é a tarde imóvel, banhada por uma luz antiquíssima; a metáfora poética assim o declara. Terceira premissa: essa tarde imóvel me encanta, é bela. Conclusão: a velhice é bela como a tarde imóvel. Essa imagem me trouxe grande alegria. Ela dava conteúdo sensível àquilo que eu estava sentindo. (...) Eu podia então falar sobre a velhice falando sobre o crepúsculo. (...) O crepúsculo é o dia chegando ao fim. O tempo se acelera: como se transformam rápidas as cores das nuvens, no seu mergulho na noite! E, paradoxalmente, o tempo fica imóvel, paralisado num momento eterno. Por isso que o crepúsculo é um momento sagrado, de oração, quando o eterno se oferece a nós numa taça efêmera. Por isso cessa o trabalho. É momento de oração: angelus. Somente os sentidos atentos, em contemplação... - Papirus Editora

Product Details

ISBN-13: 9788530809751
Publisher: Papirus Editora
Publication date: 12/19/2012
Sold by: Bookwire
Format: eBook
Pages: 168
File size: 963 KB
Language: Portuguese

About the Author

RUBEM ALVES - Estudou Teologia e foi pastor até 1963. Tornou-se mestre em Teologia pelo Union Theological Seminary (Nova York, EUA) e doutor em Filosofia pelo Princeton Theological Seminary. Foi professor por muitos anos e, no início da década de 1980, tornou-se psicanalista pela Sociedade Paulista de Psicanálise. Possui mais de 50 obras publicadas em diversos idiomas. Autor de crônicas e de livros infantis e sobre educação, ele guia seus leitores pelas paisagens da beleza e considera seus companheiros de viagem filósofos como Bachelard e Nietzsche, além de poetas como Fernando Pessoa, Adélia Prado e Cecília Meireles. Mineiro, é fácil perceber sua veia de contador de estórias. Mas nota-se também sua vasta cultura, como ele mescla conhecimento com sabedoria e traduz isso numa escrita simples, de frases curtas. O certo é que suas obras nos ajudam a refletir sobre o que realmente importa na vida, a voltar os olhos para o que há de mais humano, para o essencial.

Table of Contents

UM CERTO OLHAR...

I. Os olhos e a idade
II. A revelação
III. O crepúsculo
IV. Fui sempre assim...

A COMUNHÃO

V. O rio
VI. Os ipês estão floridos
VII. As tardes de outono
VIII. O outono
IX. O vôo dos pássaros, à tarde

ENVELHE-SENDO

X. Aos velhos
XI. Quero viver muitos anos...
XII. Fiquei velho
XIII. O blazer vermelho
XIV. As viúvas
XV. Quero é fome

SOBRE VIOLINOS E CHINELOS TROCADOS...

XVI. "E os velhos se apaixonarão de novo..."
XVII. O jardineiro e a Fräulein
XVIII. Violinos velhos tocam música
XIX. "O subterrâneo da vida, você terá que atravessá-lo sozinho..."

INUTILIDADES

XX. A árvore inútil
XXI. O aposentado
XXII. O direito de sonhar

MUNDOS NOVOS SÃO GERADOS

XXIII. A doença
XXIV. A solidão
XXV. A alegria
XXVI. Um único momento
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