Pode ser uma viagem a dois. Pode ser uma excursão em grupo. Mas, em certo sentido, todo viajante é só. A experiência é única, pessoal, porém não totalmente intransferível. Há um pacto peculiar estabelecido pelo turismo. O viajante relara, para o futuro, como era o passado. Informa sobre como chegar a um lugar. Tenho chegado, informa sobre o que fazer. Tendo feito, informa sobre como partir. A cada nova viagem, a cada novo viajante, o ciclo se renovará: a vivência será partilhada com os que viajarem depois pelo prisma daquele que esteve antes - o qual também terá suas próprias impressões, mas com os sentidos aguçados pelo predecessor. E assim sucessivamente. O livro reúne 40 anos de relatos do especialista em turismo Mário Carlos Beni, que, a despeito do caráter profissional de muitas visitas a centenas de lugares do mundo, nunca deixa de compartilhar a visão pessoal.