Mais alguma antropologia: Ensaios de geografia do pensamento antropológico
Os textos que compõem esta coletânea são todos estudos de história (ou de geografia) da antropologia ou do pensamento antropológico. Eles foram selecionados entre aqueles escritos por Marcio Goldman desde a publicação da coletânea Alguma antropologia (Relume Dumará, 1999). O princípio de seleção foi o da escolha de artigos que tratassem diretamente do pensamento de determinados autores. Entre estes, Marcio Goldman elegeu os autores de quem efetivamente gosta - e aqui estão Godfrey Lienhardt, Claude Lévi-Strauss, Pierre Clastres, Jeanne Favret-Saada, Marilyn Strathern e Roy Wagner - e deixou de fora tudo que escreveu "contra" quem quer que seja. A partir de uma questão colocada a ele por seu amigo Peter Gow ("afinal, o que adianta saber se Morgan estava certo ou errado em 1870?"), o autor, depois de muito tempo, concluiu que o problema não é tanto esse, mas o fato de que aquilo que Morgan e qualquer um pensavam em 1870 (ou em 1970, ou ontem) — e, sobretudo, como eles pensavam — pode perfeitamente seguir sendo pensado, explícita ou silenciosamente, hoje. Conhecer o que se pensava significa, pois, a possibilidade de conhecer alternativas aos clichês que nos foram legados e ao mesmo tempo vislumbrar aquilo que em todo pensamento já recusa qualquer clichê. Afinal, como ensinou Deleuze, não apenas tudo o que é efetuado pode ser contraefetuado, mas essa contraefetuação é na
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Mais alguma antropologia: Ensaios de geografia do pensamento antropológico
Os textos que compõem esta coletânea são todos estudos de história (ou de geografia) da antropologia ou do pensamento antropológico. Eles foram selecionados entre aqueles escritos por Marcio Goldman desde a publicação da coletânea Alguma antropologia (Relume Dumará, 1999). O princípio de seleção foi o da escolha de artigos que tratassem diretamente do pensamento de determinados autores. Entre estes, Marcio Goldman elegeu os autores de quem efetivamente gosta - e aqui estão Godfrey Lienhardt, Claude Lévi-Strauss, Pierre Clastres, Jeanne Favret-Saada, Marilyn Strathern e Roy Wagner - e deixou de fora tudo que escreveu "contra" quem quer que seja. A partir de uma questão colocada a ele por seu amigo Peter Gow ("afinal, o que adianta saber se Morgan estava certo ou errado em 1870?"), o autor, depois de muito tempo, concluiu que o problema não é tanto esse, mas o fato de que aquilo que Morgan e qualquer um pensavam em 1870 (ou em 1970, ou ontem) — e, sobretudo, como eles pensavam — pode perfeitamente seguir sendo pensado, explícita ou silenciosamente, hoje. Conhecer o que se pensava significa, pois, a possibilidade de conhecer alternativas aos clichês que nos foram legados e ao mesmo tempo vislumbrar aquilo que em todo pensamento já recusa qualquer clichê. Afinal, como ensinou Deleuze, não apenas tudo o que é efetuado pode ser contraefetuado, mas essa contraefetuação é na
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by Marcio Goldman
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Os textos que compõem esta coletânea são todos estudos de história (ou de geografia) da antropologia ou do pensamento antropológico. Eles foram selecionados entre aqueles escritos por Marcio Goldman desde a publicação da coletânea Alguma antropologia (Relume Dumará, 1999). O princípio de seleção foi o da escolha de artigos que tratassem diretamente do pensamento de determinados autores. Entre estes, Marcio Goldman elegeu os autores de quem efetivamente gosta - e aqui estão Godfrey Lienhardt, Claude Lévi-Strauss, Pierre Clastres, Jeanne Favret-Saada, Marilyn Strathern e Roy Wagner - e deixou de fora tudo que escreveu "contra" quem quer que seja. A partir de uma questão colocada a ele por seu amigo Peter Gow ("afinal, o que adianta saber se Morgan estava certo ou errado em 1870?"), o autor, depois de muito tempo, concluiu que o problema não é tanto esse, mas o fato de que aquilo que Morgan e qualquer um pensavam em 1870 (ou em 1970, ou ontem) — e, sobretudo, como eles pensavam — pode perfeitamente seguir sendo pensado, explícita ou silenciosamente, hoje. Conhecer o que se pensava significa, pois, a possibilidade de conhecer alternativas aos clichês que nos foram legados e ao mesmo tempo vislumbrar aquilo que em todo pensamento já recusa qualquer clichê. Afinal, como ensinou Deleuze, não apenas tudo o que é efetuado pode ser contraefetuado, mas essa contraefetuação é na

Product Details

ISBN-13: 9788564116528
Publisher: Ponteio Edições
Publication date: 06/01/2016
Sold by: Bookwire
Format: eBook
Pages: 142
File size: 752 KB
Language: Portuguese

About the Author

Marcio Goldman é Professor Titular do PPGAS, Museu Nacional, UFRJ, bolsista de produtividade científica do CNPq e do Programa Cientista do Nosso Estado da FAPERJ. Foi professor visitante na USP, na Universidade de Cabo Verde e na Universidade de Chicago. Além de vários artigos, é autor de Razão e Diferença: Afetividade, Racionalidade e Relativismo no Pensamento de Lévy-Bruhl (UFRJ/Grypho, 1994), Alguma Antropologia (Relume Dumará, 1999), Como Funciona a Democracia: Uma Teoria Etnográfica da Política (7Letras, 2006) e How Democracy Works: An Ethnographic Theory of Politics (Sean Kingston, 2013). Em colaboração com Moacir Palmeira, organizou Antropologia, Voto e Representação Política (Contra Capa, 1996); em colaboração com Miriam Hartung, organizou o Dossiê Políticas e Subjetividades nos "Novos Movimentos Culturais" (Ilha. Revista de Antropologia, 2009); editou, também, o livro Do Lado do Tempo - O Terreiro de Matamba Tombenci Neto (Ilhéus, Bahia), de Mãe Hilsa Mukalê (7Letras, 2011).

Table of Contents

Introdução: Como funciona a antropologia 1.A experiência de Lienhardt: Uma teoria etnográfica da religião 2.Lévi-Strauss, a ciência e as outras coisas 3.Pierre Clastres, ou Uma antropologia contra o Estado 4.Jeanne Favret-Saada, os afetos, a etnografia 5.Marilyn Strathern: Uma antropologia em câmera lenta (com Eduardo Viveiros de Castro) A linguagem da descrição Nem partes nem todo Da Melanésia a nós mesmos 6.Roy Wagner e o fim da antropologia Referências bibliográficas
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