A crise financeira de 2008 possibilitou a efetivação de uma antiga aspiração histórico-política de Portugal: a existência de um espaço mediático lusófono. O modelo de media do atlântico sul de expressão portuguesa identificado neste livro desenvolveu-se, no entanto, através de um processo que pode ser caracterizado por colonização em sentido inverso uma vez que assentou numa relação assimétrica e de dependência do mercado português relativamente aos investidores de Angola e Brasil. O volume congrega um conjunto de estudos sobre o setor dos media em diversos países lusófonos, nos quais se articula o desempenho económico e financeiro dos grupos económicos de media com o impacto das formas de propriedade na atuação da comunicação social enquanto instituição basilar da democracia.